O tráfico de animais é a terceira maior atividade ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. O comércio ilegal pode atingir mais de 38 milhões de animais.
Os animais silvestres são retirados de seus habitats naturais e comercializados ilegalmente.
A prática ilegal atende a uma série de interesses, como por exemplo a venda de animais como pets, comércio para colecionadores particulares, tráfico para fins de pesquisa científica não autorizada, além da caça para alimentação e matéria prima da medicina tradicional.
Segundo especialistas nos últimos anos o tráfico on line, via rede sociais cresceu assustadoramente. Os animais são oferecidos e comercializados na internet, substituindo as tradicionais feiras livres. O mundo digital trouxe mais agilidade na negociação de compra e venda de animais. Infelizmente a procura continua alta. A falta de consciência das pessoas, associada a falta de uma fiscalização mais efetiva faz com que este crime se mantenha e continue se crescendo anualmente.
A retirada constante de animais de uma mesma espécie pode levar a extinções locais ou totais, além de afetar outras espécies com as quais ela se relaciona. Os animais capturados no Brasil, em sua maioria, são comercializados no próprio território brasileiro, sendo que as regiões mais afetadas são Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Depois de capturados, os animais são submetidos a várias práticas agressivas durante o transporte para os centros consumidores. Além disso, eles são armazenados em gaiolas compartilhadas, sem espaço para locomoção e, muitas vezes, acabam ficando desnutridos e morrendo. De cada dez animais 9 morrem no processo até chegar ao destino final, ou seja, quando as pessoas adquirem um animal silvestre elas estão sendo responsáveis pela retirada de cerca de 10 animais da natureza, sendo que 9 são mortos e um viverá em condições de privação de liberdade.
O comércio ilegal gera impactos irreversíveis para o equilíbrio natural. Não compre animais silvestres. Não pactue com este crime!